Pelas ruas de Olinda…

Eis que o carnaval nem começou, mas a festa tá pegando fogo todos os dias aqui em Olinda. Em cada dia a menos na contagem para o carnaval, parece que as energias se concentram e mais gente, mais música, mais alegria contaminam essa cidade linda!

Da esquerda pra direita, Gabriel, o cubano Henrique e Eu no camarote do governo do estado.

Da esquerda pra direita, Gabriel, o cubano Henrique e Eu no camarote do governo do estado.

Eu estou todos os dias acompanhando os shows do Fortim do Queijo e todo dia está lotando de gente. Na terça teve o show de Elba Ramalho e Orquesta Popular do Recife, pelo dia mundial do frevo e ontem o show de Spok Frevo Orquestra e Carilhos Brown encerrando a noite.

Pra ajudar, fui convidado para integrar o camarote do governo do estado, que incluía acesso ao beck stage e comis e bebis liberadis (como diria o eterno mussum)! Pra completar, eu que estava um pouco triste por não estar com ninguem para compartilhar tudo aquilo, acabei encontrando o louco do Gabriel, companheiro de Curitiba e que faz parte do Movimento Mudança. Depois também encontrei um companheiro da época de ME que é o Biel, que é residente aqui em Olinda.

Isso só animou as coisas. No camarote ainda conheci a banda cubana de metais Steel Band. Um de seus integrantes, o Henrique, gostou muito de conversar com a gente e no final ainda trocou seu boné e seu colar de cuba pelo meu chapéu argentino:

– Me gusto muchíssimo ese su sobrero brasilero! Exclamou ele, animado com a troca.

– No es brasilero Henrique, es argentino. Respondi.

– Yo lo sospechava! Bueno, lindo igual.

E fizemos a troca. Hoje ele me prometeu também uma cópia do CD da banda deles e uma bandeira de Cuba, vamos ver o que vai dar.

Banda de forró rabecado, Quarteto de Olinda.

Banda de forró rabecado, Quarteto de Olinda.

Acabamos a noite na praça do Carmo. Eu entrei só para dar uma espiada na única festa que rolava aquela hora e acabei ficando um tempo. Quando saí, o Gabriel já tinha ido. Não pude resistir, quem tocava era o Quarteto de Olinda, banda que me foi apresentada pelo companheiro petista e pernambucano Félix, que ouço a quatro anos e que adoro (veja no youtube).

Cortejo do maracatu das calcinhas. Cortejo só formado por mulheres. A Júlia é uma que iria amar tudo isso aqui. Vou arrastar todo mundo pra cá ano que vem!

Cortejo do maracatu das calcinhas. Cortejo só formado por mulheres. A Júlia é uma que iria amar tudo isso aqui. Vou arrastar todo mundo pra cá ano que vem!

Todos os dias aqui em Olinda são dias de efervescência cultural. O multiculturalismo que esse carnaval proporciona realmente parece ser algo único no mundo. Acredito que muitos companheiros do Soylocoporti iriam se impressionar com o que estou vendo por aqui. Ano que vem temos que fazer uma caravana pra cá, porque só é capaz de sentir o que é o Carnaval de Olinda, estando em Olinda.

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Em definitivo… Olinda!

Meus planos de viajar o interior de Pernambuco foram adiados. Pois é, tem muita coisa rolando na semana pré-carnaval aqui em Olinda e acabei me estabelecendo por aqui até mudar para a casa da mãe joaninha na quinta-feira.

Piscinas naturais de Maragogi. Mergulho com cilindro guiado.

Piscinas naturais de Maragogi. Mergulho com cilindro guiado.

Ontem acabei indo para Maragogi no estado de Alagoas, como dica da amiga Mari que, mais uma vez, foi irada! Um lugar linda. Mas nesse período refleti se era aquilo mesmo que queria estar fazendo e minha resposta foi não, eu quero é estar com a multidão. Lá, no entanto, tive uma experiência nova que foi pela primeira vez mergulhar com cilindro. Fazia tempo que queria isso, mas a limitação financeira sempre me impediu. Mas não quer dizer que estava com la pĺata ontem, pelo contrário, viajo mais duro que nunca, a diferença ontem foi que conheci Marcos, um agente turístico que, como ele mesmo disse, foi a minha cara e conseguiu me arregar um passeio inesquecível. Além do mais, recebeu-me em sua casa e me ajudou com tudo que precisei.

boneco-recife

Boneco gigante em Olinda, ao fundo Recife!

Hoje retornei a Recife, comi no camelódromo e me instalei num quarto coletivo em Olinda pagando vinte e cinco reais por dia. Tranquilo por estarmos às vésperas do carnaval. Para os dias de folia esse preço chega a cento e cinquenta reais por dia.

Aproveitei que cheguei cedo e vim visitar Beth de Oxum, no ponto de cultura Coco de Umbigada, em Olinda mesmo, e estou aqui no telecentro do ponto fazendo esse post. Ao caminhar pelas ruas da cidade histórica, vejo todo mundo louco nos preparativos da festa de semana que vem. A cidade está respirando carnaval!!!

Obs.: Acabo de mudar o nome do meu blog! O liberación sai do ar para voltar logo depois do carnaval na plataforma Nós da Rede. Na sequencia explico maiores detalhes. Esse espaço vou usar como algo mais pessoal mesmo para publicar coisas minhas e notícias que me interessam e que podem interessar ao caro leitor ou leitora.

Ruas de Olinda em preparação.

Ruas de Olinda em preparação.

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Voltei Recife…

… foi a saudade que me troxe pelo braço.

Mari a colombina

Mari a colombina

Engraçado, mas cheguei ontem em Recife e fui tomado por uma emoção que encheu meus olhos de lágrimas. Como sempre, fui recebido com todo o carinho do mundo pela pessoa maravilhosa da Mari Lyra. Quando falei que ia pra Recife, ela já agilizou várias coisas, entre elas, entradas para a tradicional festa “enquanto isso na sala de justiça” onde pude por a prova a fantasia que preparei em Curitiba para o carnaval em Recife/Olinda.

A festa estava ótima! A sala da justiça já acontece a quinze anos e é uma das festas a fantasia mais tradicionais dessa época. No palco, muito som bom: Orquestra Popular da Bomba do Hemetério, Mart’nália, Eddie e na Nação Zumbi com participações de B. Negão e Fred 04. Fred inclusive estava fantasiado de xeique árabe, mas tava mais pra rainha da inglaterra. Subiu ao palco para cantar suas músicas em arranjos muito diferentes dos habituais. A música “meu esquema” em ritmo de frevo teve uma mistura muito peculiar. Misturas que só um palco com tanta gente boa e com tanta diversidade de ritmos poderia desabrochar.

Eu de capitão presença, personagem dos quadrinhos de Arnaldo Branco. O mais interessante é que encontrei um homônimo na festa, coisa que eu não esperava.

Eu de capitão presença, personagem dos quadrinhos de Arnaldo Branco. O mais interessante é que encontrei um homônimo na festa, coisa que eu não esperava.

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Domingo de praia em Curitiba

Que dia lindo fez ontem em Curitiba no último dia de Janeiro. Sol e calor e logo de manhã senti uma vontade louca de andar de sunga pela cidade. Coincidentemente ou não, a festa pré-carnaval de Curitiba, Garibaldis e Sacis, tinha como tema Garibaldis vai a praia, o que me fez tomar a minha decisão: Vou andar de sunga pela cidade a la “Oil Man”, personagem curitibano que anda de bicicleta vestindo somente uma sunga e cheio de óleo pelo corpo.

Antônio Nóbrega. Foto divulgação.

Antônio Nóbrega. Foto divulgação.

Saí de casa e já percebi que aquilo era muito estranho para a sociedade curitibana. Buzinas, olhares espantados, cena chocante para o olhar conservador a que Curitiba está acostumada. Engraçado é que essa cena não seria tão estranha se estivesse a 100km dali, no litoral do Paraná. Como forma de quebrar paradigmas, continuei minha experiência antropológica e andei alguns quilômetros pela minha não tão querida Curitiba.

Depois do carnavalzinho (fantástico por sinal, nunca vi Curitiba tão mobilizada para o carnaval. Além disso, percebi que além de articular a festa, o pessoal da organização do Garibaldis também tem uma pauta política para a cultura, de transformação do fazer cultural curitibano), ainda pude contemplar o show de um dos maiores artistas populares da atualidade, Antônio Nóbrega, que encerrou a oficina de música de Curitiba. Detalhe que mais cedo havia comprado o ingresso na bilheteria do teatro Guaíra trajando somente sunga. Não, eu não assisti o show do Antônio Nóbrega nesse mesmo traje. Carreguei comigo uma mochila que me permitiu levar roupas complementares e me vestir para aproveitar bem o show. Fantástico por sinal, foi uma prévia pra mim do carnaval mais popular do Brasil, do qual participarei este ano: o carnaval de Olinda! Para completar minha emoção, o show de Antônio foi encerrado com o famoso frevo Vassorinha, que levou todo o público a cair na folia.

Veja o que a Michele escreveu sobre o carnavalzinho no blog dela.

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Retomando trabalhos…

Acabo de ver meu último post neste espaço e me ponho um pouco decepcionado por não ter feito nenhuma atualização desde a do meu último aniversário. Confesso que não foram momentos fáceis para mim estes últimos meses. Tive um processo pessoal bastante intenso e importante, mas que agora alimentam minha inspiração para retomar e escrever algumas palavras.

Não quero fazer um relato detalhado do que aconteceu comigo neste período, mas ressalto que nos últimos meses tive experiências tão boas que me fizeram esquecer o lado ruim que às vezes me afligia. Fiz algumas viagens de bicicleta, ajudei a organizar o Festival de Cultura (http://cc.nosdarede.org.br e http://festivaldecultura.art.br) e remexi uma montanha de papel na prestação de contas do Pontão de Cultura Kuai Tema.

La poderosa I

La poderosa I

Tentei viajar até Cananeia de bike sozinho em novembro (veja o relato em http://festivaldecultura.art.br/noticias/rotas-encontros-e-perspectivas/), e não consegui . Em compensação, eu e meu companheiro Érico chegamos até Paraty no Rio de Janeiro durante o recesso de ano novo. Posso dizer que essas duas viagens transformaram muito a minha visão que eu tinha sobre política cultural e, principalmente, de cultura popular. Tive o prazer de encontrar grandes mestres no caminho que me fizeram refletir sobre questões que antes eu tinha como dadas. Mas de fato, meu olhar ficou mais apurado para ler essas situações e agora com a ajuda da amiga Lia Marchi da Olaria Cultura (http://www.olariacultural.com.br) estou desenvolvendo minha percepção através de um estudo mais aprofundado do que é fazer cultura no Brasil.

Nadando ou pedalando?

Nadando ou pedalando?

Aprendi a gostar e me interessar pela cultura popular através de amigos e amigas que conheci nas rodas de conversa sobre cultura. Li algumas coisas, assisti o documentário Divino, também da Lia e conheci algumas pessoas que me fizeram despertar para estas questões. Em janeiro de 2009, participei de uma folia de reis, comandada por seu Inácio (mestre folião de reis do bairro São Braz) na casa de minha também grande amiga Rejane Nóbrega. Numa festa linda, peguei-me envolvido por tudo aquilo e, mesmo não sendo devoto, integrei-me a aquele festejo como se o fosse.

Infelizmente por conta de outras atividades, não pude estudar mais sobre o assunto em 2009, mas acho que em 2010 poderei avançar nestes estudos. Ainda mais porque em minha viagem para Paraty, conheci uma porção de mestres fandangueiros carregados de histórias e experiências que alimentaram ainda mais essa minha vontade. <!– @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } –> Seu Alcides e seu Luiz Squinini no Superagui, Isidoro Neves na Ilha do Cardoso, seu Janjão (João da Toca) em Cananeia, Mário Luis de Oliveira (o Marinho) em Ubatuba, seu Ditinho Cirandeiro e Luiz Perequê em Paraty são os mestres com os quais tive contato e pude parar para ter uma boa roda de prosa. Ensinaram-me muito, especialmente o Luiz Perequê, que tem uma visão sobre o fazer cultural que nunca percebi em ninguém, nem mesmo em renomados gestores públicos de cultura, e que me fez rever muitos dos meus conceitos que já tinha como consolidados dentro de mim. Por ele, uma carinho especial além de ser um apreciador de sua obra.

Paraty, para quem?

Paraty, para quem?

Emprestei alguns livros e vou estudar muito para tentar entender melhor o que foi essa vivência. Talvez escreva alguma coisa aqui quando tiver alguma ideia que valha a pena escrever. Por enquanto, só posso dizer que a viagem de bicicleta realmente é transformadora para qualquer ser humano. Num dos momentos mais especiais da viagem, seguindo a dica de um companheiro que encontramos na praia deserta de Superagui que pedalou 300km com a gente, o Michel, desviamos nosso caminho da estrada Rio-Santos para entrarmos no Santuário das Cotias, uma reserva ecológica que daria direto na cidade de Ubatuba-SP. Na entrada da pequena estrada, um grupo de senhoras esperava algo ou alguém e serviram de guia de informações turísticas pra gente:

– Essa estrada vai dar em Ubatuba? Perguntei.

– Sim, tem um descidão aqui e depois atravessa a floresta e chega no trevo de Ubatuba. Respondeu uma delas.

– É muito longe, tem muita subida? Repliquei.

– Tem um subidão lá no final, mas não é muito longe não.

Nesta hora, o Érico que gostava de reforçar para as pessoas que estávamos vindo desde Curitiba de bicicleta, interveio:

– A senhora sabia que estamos vindo desde Curitiba de bicicleta?

A senhora não dando muita bola, talvez por não ter entendido de imediato soltou um breve Ah! A senhora que estava ao lado dela perguntou:

– Vocês tão vindo desde Curitiba é? Curitiba no Paraná? Com a nossa confirmação, espantada olhou para lado e falou para amiga.

– Viu só nega, essa é a solução para a gente conhecer o mundo!

Este diálogo vai ficar marcado na minha memória por um bom tempo. É, acho que a bicicleta é a solução para que todos e todas possam conhecer o mundo. O mundo através de um outro olhar.

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Na terra de Highlander, ao cair da noite, a plebe faz a festa!

Boteco nos arredores do feudo. Neste momento a massa já preparava sua jornada de volta. Contamos moedas para o taxi, que levou nossas mentes mas nossos corpos tiveram que suportar a subida até Highlander.

Boteco nos arredores do feudo. Neste momento a massa já preparava sua jornada de volta. Contamos moedas para o taxi, que levou nossas mentes, mas nossos corpos tiveram que suportar a subida até Highlander.

Depois de um dia intenso de atividades, eis que a malucada que veio do Brasil inteiro para a conferência livre tem seu merecido descanço. Mas quem falou que descanço é se trancar cada um nos seus quartos para só no outro dia voltar a se encontrar? Neste mínimo espaço de tempo que temos durante esses quatro dias, para quem ficou tempos sem se ver, ou mesmo pra quem acabou de se conhecer, a ânsia do contato e do diálogo para compartilhar o máximo de experiências faz com que troquemos nosso tempo “tranquilos” em nossos quartos pela chance de confraternizar.

Celebrar a vida, e quando a discotecagem que o Príncipe Zonda preparou pra entreter toda a massa no feudo de Highlander* falhou, o jeito foi o povo todo se unir e romper as fronteiras das terras reais. Ao som do pandeiro, Beth de Oxum conclama para que nos ponhamos a caminhar e encontrar a tal taberna de skol a R$2,50 que fica nas terras baixas da província de Chã Grande. Ao ver a animação, príncipe Zonda e seus fiéis escudeiros, juntam-se ao grupo para deixar pra trás o conforto e as belezas de Highlander e experimentar os ares de outros territórios.

Parece de fato uma história surreal, mas e quem falou que juntar Pontos e Pontões de Cultura, Pontos de Mídia Livre, intelectuais da comunicação e da cultura, dirigentes do país inteiro seria uma coisa normal ou cartesiana. Sem dúvida se o próprio Gabriel Garcia Márquez estivesse na festa de ontem a noite, este revisaria os conceitos de realismo fantástico.

Caminho de volta para Highlander.

Caminho de volta para Highlander.

Para mim, a noite de ontem foi particularmente especial. A meia-noite entrou o dia 25 que é meu aniversário. Eu que estou longe de casa e de meus amigos cotidianos, parecia que seria uma comemoração tímida e introspectiva. Mas foi justamente o contrário, ao virar a noite Edilson Maceió, que não é de Alagoas, mas sim do Rio de Janeiro, parou a festa por um segundo para cantar o parabéns. Pude compartilhar deste momento com amigos e recém amigos que estimo muito.

Templo do eterno amor de Highlander. Que este amor seja o elo de ligação entre os pontos dessa grande rede de cultura e comunicação.

Templo do eterno amor de Highlander. Que este amor seja o elo de ligação entre os pontos dessa grande rede de cultura e comunicação.

Particularmente, gostaria de fazer deste post uma forma de tentar transpassar sensações, mas principalmente agradecer a todos por fazer desse dia tão especial pra mim e chamar a todos que estão no evento para participar da celebração de hoje. Pois se durante o dia produzimos muito nos trabalhos dos grupos de discussão e nas mesas de diálogo, a noite foi feita para celebrar. Na terra de Highlander, que seja imortal o amor que une essa plebe!

* Highlander (filme): O Guerreiro Imortal no Brasil. Também é o nome do hotel no qual estamos hospedados. Carinhosamente chamado de nosso feudo por príncipe Zonda Bez na mesa de abertura ontem pela manhã.

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1a Conferência Livre de Comunicação para a Cultura

Alou galera, estou em Recife participando da 1a Conferência Livre de Comunicação para a Cultura, promovida pelo Ministério da Cultura. Estou aqui representando o Soylocoporti, que foi convidado a participar do evento por ter sido reconhecido como intrumento de mídia livre.

Cerimônia de abertura da conferência

Cerimônia de abertura da conferência

Cheguei ontem a noite depois de uma longa viagem. Não sabia que Recife ficava tão longe, e participarei de 4 dias de atividade (até domingo). Neste dias, serão realizadas discussões dentro dos temas ligados ao Audio-visual, Cultura Digital e Comunicação. O objetivo do Ministério, é formar e mobilizar a rede de pontos de cultura do país para intervir dentro dos espaços de conferência de cultura (etapa nacional em março) e comunicação (etapa nacional em dezembro).

Neste instante estou participando da mesa de abertura que conta com a participação de Jonas Valente (Coletivo Intervozes), Joãozinho Ribeiro (Coordenador executivo da

Estande do Soyloco na Conferência

Estande do Soyloco na Conferência

Conferência de Cultura), Ivana Bentes (Fórum de Mídias Livres), Octavio Pieranti (SAV/MinC) e que tratou dos desafios e atividades que estão sendo realizadas dentro dos espaços de organização das conferências.

Veja ao vivo: http://webconf.rnp.br/minc2

Leia mais: http://www.cultura.gov.br/site/2009/09/08/conferencia-livre/

Poste no twitter com a hash #clcc

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II Conferência Nacional de Cultura (e demais conferências deste ano)

Car@s companherir@s. Venho através deste post chamar atenção para o momento histórico que vivemos no Brasil. Este é um ano de conferências muito importante para consolidação da democracia. Segurança Pública, Educação, Comunicação e Cultura estarão em processo de conferência que têm suas etapas iniciais já no começo do próximo semestre.

logoA conferência é o espaço legítimo em que a sociedade civil pode interferir na formulação de políticas públicas para o setor em debate. Dela, são definidas diretrizes balizadoras da atuação do poder público para os próximos períodos. Em suma, é a ferramenta de participação direta da população para construção da cidadania e consolidação da democracia.

Se queremos transformar um país, devemos lutar pelo país que acreditamos. Por isso, procure se informar melhor sobre as conferências que acontecessem esse ano e como você pode participar delas. Ano passado, participei da de Direitos Humanos. E mesmo chegando crú no processo, aprendi bastante sobre como esse instrumento funciona.

Eu, particularmente, quero convidar você a participar das discussões sobre a II Conferência Nacional de Cultura. Abaixo, têm alguns materiais sobre a conferência que podem ser utilizados para a nossa formação prévia. Contudo, para que isso seja efetivo, acho importante começarmos a nos reunir para debater o assunto.

Quem tiver interesse no tema, por favor, escreva-me: amarelo arroba soylocoporti.org.br

Apresentação Conferência

Apresentação com a revisão de 27 de abril de 2009.

Visite também o blog da conferência: http://blogs.cultura.gov.br/cnc/

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Império Tango – Show em Curitiba de tirar o fôlego

Hoje, domingo, dia 07, aconteceu o encerramento do III Curitiba tango festival com um grande show para consagrar o evento. Pela segunda vez na cidade, o Império Tango, grupo

Império Tango em apresentação no Guaírão

Império Tango em apresentação no Guaírão

Porteño, contou a história do tango desde os anos 20 até a atualidade com performances de tirar o fôlego e, em alguns momentos, emocionar o público.

O show foi no guaírão e contou com 25 artistas no palco. Músicos, bailarinos, tenores que compilaram num só espetáculo diversas experiências e sensações na execução de seus Tangos, valsas e milongas.

Esperamos que ano que vem pelo IV Curitiba tango festival e pelo Império Tango para  a nossa cidade.

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Brasília, Confecom e amigos

Estive esses últimos quatro dias no centro do Brasil, na cidade mais majestosa que já vi em minha vida. Brasília, Distrito Federal do Brasil.

Esplanada dos Ministérios

Esplanada dos Ministérios

Gostaria de admirar mais aquela cidade, mas quanto mais a conheço, mais minha percepção sobre ela se mistura com uma sensação opressão pelo poder de suas colunas e arranha-céus monumentais.

Fui a Brasília para participar da plenária da Comissão Nacional Pró-conferência e Comunicação (CNPC) e, durante o final de semana, do seminário de formação organizado por esta mesma comissão. Sem dúvida, a pauta da comunicação é a menos debatida e a mais dominada pelo setor conservador da sociedade brasileira. Uma conferência na área pela primeira vez na história deste país,

Plenária da CNPC

Plenária da CNPC

abre um novo diálogo com a sociedade para reformar este setor que é um dos (se não o) que mais concentra poder. Aproveito para convidá-lo a participar da comissão paranaense pró-conferência de comunicação (CPC/PR: http://proconferenciaparana.com.br. CNPC: http://proconferencia.org.br).

Aproveitei a estada em Brasília para visitar o Ministério da Cultura e conversar sobre o projeto do Soylocoporti, o Pontão de Cultura Kuai Tema. Nesta segunda, que estendi a minha estada em Brasília, fiquei na casa do Marcello

Clarisse, Marcello e Eu. Show da CCBB.

Clarisse, Marcello e Eu. Show da CCBB.

Guedes, irmão do Gustavo Guedes, o Guti. Ele é associado do Soylocoporti, e está estudando para o Instituto Rio Branco, a escola de diplomatas. Como sempre, senti-me em casa e não pude ser melhor tratado por este cara que é quase um irmão. Aproveitamos o domingo a noite, e fomos curtir um show no Centro Cultural Banco do Brasil, onde estava acontecendo uma mostra de grupos de hip hop da América Latina. Muito bom o som. Ao chegar, deparamo-nos com o GOG, rapper de Brasília, fazendo uma fala contra a Lei Azeredo (que cerceia a liberdade da internet, veja mais). Nem é preciso dizer que virei fã do cara por conta disso, além da banda ter uma qualidade técnica e artística fenomenal.

Hoje também visitei o Leandro Maclaren, um companheiro muito importante na minha vida. Nos conhecemos na UFPR e, pode-se dizer, que o Mac foi uma das pessoas que

Eu e Maclaren na catedral de Brasília

Eu e Maclaren na catedral de Brasília

estavam bem lá na raiz do Soylocoporti, quando começamos a debater América Latina e queríamos viajar de bicicleta pelo continente, fazendo nossa pesquisa empírica e puramente sensorial. Tomei uma café com ele e seus pais, e peguei o vôo das 18h45 para Curitiba.

Pode-se dizer que gosto de Brasília pelas pessoas que encontro lá, mas nenhum pouco pela cidade que ela é. Apesar de ela ser genial, de estar convencido da genialidade do autor Niemeyer, e cada vez me impressionar com seus detalhes, ela ainda carece de um fator fundamental: gente! Suas grandes avenidas e espaços, não privilegiam em nada a mobilidade urbana alternativa. Querer ir de um canto a outro, somente de carro, ou outro veículo motorizado. Se utilizar o transporte coletivo, prepare sua paciência. Se for a pé, prepare-se para criar novos caminhos que não estão planejados nas calçadas. Se for de bicicleta, torça para ter uma ciclovia no seu caminho (mesmo assim, Brasília tem uma rede de ciclovias muito mais inteligente que Curitiba, por incrível que pareça).

Enfim, ótimos dias estes. Brasília, capital do Brasil, mas longe do modelo que eu quero para mim como brasileiro.

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