Que dia lindo fez ontem em Curitiba no último dia de Janeiro. Sol e calor e logo de manhã senti uma vontade louca de andar de sunga pela cidade. Coincidentemente ou não, a festa pré-carnaval de Curitiba, Garibaldis e Sacis, tinha como tema Garibaldis vai a praia, o que me fez tomar a minha decisão: Vou andar de sunga pela cidade a la “Oil Man”, personagem curitibano que anda de bicicleta vestindo somente uma sunga e cheio de óleo pelo corpo.
Saí de casa e já percebi que aquilo era muito estranho para a sociedade curitibana. Buzinas, olhares espantados, cena chocante para o olhar conservador a que Curitiba está acostumada. Engraçado é que essa cena não seria tão estranha se estivesse a 100km dali, no litoral do Paraná. Como forma de quebrar paradigmas, continuei minha experiência antropológica e andei alguns quilômetros pela minha não tão querida Curitiba.
Depois do carnavalzinho (fantástico por sinal, nunca vi Curitiba tão mobilizada para o carnaval. Além disso, percebi que além de articular a festa, o pessoal da organização do Garibaldis também tem uma pauta política para a cultura, de transformação do fazer cultural curitibano), ainda pude contemplar o show de um dos maiores artistas populares da atualidade, Antônio Nóbrega, que encerrou a oficina de música de Curitiba. Detalhe que mais cedo havia comprado o ingresso na bilheteria do teatro Guaíra trajando somente sunga. Não, eu não assisti o show do Antônio Nóbrega nesse mesmo traje. Carreguei comigo uma mochila que me permitiu levar roupas complementares e me vestir para aproveitar bem o show. Fantástico por sinal, foi uma prévia pra mim do carnaval mais popular do Brasil, do qual participarei este ano: o carnaval de Olinda! Para completar minha emoção, o show de Antônio foi encerrado com o famoso frevo Vassorinha, que levou todo o público a cair na folia.
Veja o que a Michele escreveu sobre o carnavalzinho no blog dela.
Você sempre toma decisões como essa? Hahahaha… Medo dos curitibanos!!!