Mais uma vez pegamos a estrada. Saímos ante-ontem de Curitiba rumbo a esta cidade com um pouco de Paraguai, com um pouco de Bolívia. Campo Grande, no coração do Mato Grosso do Sul é capital que nos recebeu antes de seguirmos rumo a Corumbá na Bolívia.
Tivemos uma recepção ótima, estamos na casa da Morgana, grande companheira do movimento estudantil, que nos acolheu e está servindo de base para conseguirmos transporte para Corumbá. Aliás, gostaríamos de agredecer os companheiros do diretório estadual do PT, que nos acolheram e hoje, irão conseguir uma carona para gente que nos levará até a fronteira.
Aliás, enquanto aguardamos, já conseguimos algumas agendas interessantes aqui na cidade. Ontem fomos convidados a participar de uma sessão de cinema promovido pelo Cine Cultura (http://www.cinecultura.com.br/), associação em defesa da Cultura aqui em Campo Grande que promove exibições de filmes do circuíto alternativo. Lá conhecemos a Luana, coordenadora do projeto que ficou com uma cópia de nosso documentário o “36“.
Para mim, pessoalmente, está sendo muito difícil esse início de viagem. Estou com um sentimento apertado no peito por estar quebrando um ritmo que me consumiu durante todo esse ano. A rotina pode até não matar, mas chega perto, e quando nos vemos longe dessa aparente “ordem”, parece que nosso cérebro e nosso corpo leva algum tempo para se adaptar. Hoje conversei com Emanuel, companheiro jornalista que está viajando com a equipe. Ele me falou muito sobre esse “fenômeno”. Citou alguns amigos deles que o chamam de louco, por não seguir o velho ritmo: trabalho estressante semanal, futebol e cerveja no sábado, sexo com a esposa no domingo. Olhando por esta pespectiva, os seres humanos não passam de robos programados desde pequenos pela sociedade desde crianças. Coincidentemente, ontem assisti um pedaço daquele filme “Eu, robô”, e me dei conta que realmente somos seres autônomos, dotados de uma inteligência controlada da qual nós mesmos não somos donos.
Espero que eu consiga ter uma adaptação tranquila. Para relaxar, comecei a ler alguns livros emprestados do Emanuel sobre os ensinamento de Krsna que acredito que me ajudaram a relaxar. Talvez uma parte desta inquietação é que gostaria que outras pessoas especiais da minha vida também estivessem quebrando essa rotina comigo. Distantes de um novo tempo, chegou a hora de uma reavaliação profunda. Espero que essa viagem além de servir para o coletivo Soylocoporti como um ensaio político de uma revolução em marcha, também sirva para que cada um dos companheiros em trânsito se reinventem como serem melhores para o mundo e para si mesmos.
Amarelo e amigos,
estou com os olhos cheios de lagrimas…
Sinto estar longe da carreteira.
Estou até agora pensando no que o Érico disse, depois de horas e horas carregando vários equipamentos durante os preparativos para a festa de sexta-feira. Suando e muito esgotado, ele não reclamou, somente
disse: “Esse é o COLETIVO…”
A rotina me pegou e estou na programação mental que me foi imposta
sem poder falar nada, somente obedecendo ordens, dia após dia.
Então saibam que essa viagem, voces fazem por muito de nós que estão juntos em oração e bons pensamentos.
Vão com Deus e retornem com ele.
1) “estou com os olhos cheios de lagrimas…” -> Só se forem lágrimas de crocodilo.
2) “Sinto estar longe da carreteira.” -> Comentário característico de um pseudo-revolucionário fracassado.
3) “Suando e muito esgotado, ele não reclamou, somente
disse: “Esse é o COLETIVO…”” -> Comentário de fumeiro desmiolado viajando nas idéias. Deu pra entender é que você é SÓ mais um na multidão….e por consequência, nos pensamentos desse ser que postou essa frase ridícula.
4) “A rotina me pegou e estou na programação mental que me foi imposta
sem poder falar nada, somente obedecendo ordens, dia após dia.” -> Ai, como é duro trabalhar e não poder festar em pleno meio-dia de quarta-feira. Declaração de vagabundo.
5) “juntos em oração e bons pensamentos.” -> Juntos na festa na floresta e na vagabundagem.